@gabriel_rocha_afonso: Eu sei que parece cena de filme, ou até algo forçado — eu mesmo não acreditaria se ouvisse de alguém. Mas só fiz essas filmagens porque achei que ninguém jamais me encontraria… e que, talvez, um dia, alguém encontrasse aquela câmera. Então, disse tudo que estava no meu pensamento, sem filtro. No dia 9 de maio, saí para realizar uma travessia de quase 100 km no mar, usando apenas uma prancha. Era pra ser mais uma missão radical, dividida em dois dias... até que tudo saiu do controle. No km 30, durante um momento de distração, caí da prancha. Nada demais – se o lash (a corda que me prende à prancha) não tivesse estourado. A partir daí, tudo aconteceu muito rápido: a correnteza estava forte, puxando tudo para longe da costa, e os ventos intensos empurraram a prancha ainda mais rápido para o alto-mar. Por ser leve e sem resistência, ela foi arrastada em alta velocidade — levando junto todos os meus equipamentos, comunicação e segurança. Nadei com tudo que tinha. Deixei roupas e remo pra trás. Cheguei a menos de 10 metros da prancha... até meu corpo não aguentar mais. Foi aí que precisei tomar a decisão mais difícil da minha vida: abandonar tudo e tentar sobreviver. Fiquei à deriva. Sozinho. A mais de 10 km da costa. Sem comunicação. Sem plano B. Me tornei um fantasma no mar. E foi ali, no meio do nada, que comecei a gravar. Me despedi da minha família, da minha namorada... e deixei registrado tudo que eu sentia, esperando que alguém, um dia, encontrasse aquela câmera boiando. Depois de mais de 3 horas à deriva, já quase apagando de frio e desidratação, fiz um último pedido: que Deus me enviasse um anjo. E Ele enviou. Um barco com três pescadores surgiu no horizonte. Eles me viram. Me resgataram. E me levaram até Guarapari. Hoje, posso dizer: eu vivi um milagre. Se isso te tocou de alguma forma, compartilhe. Isso pode salvar vidas. #mar #aventura #acidente #fypシ゚ #vira

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Saturday 17 May 2025 22:31:43 GMT