Leticia Alencar :
Minha mãe estava internada e uma mulher (conhecida da família) é umbandista, me chamou pra conversar e disse que eu precisava conversar com a minha mãe sobre ela ir em paz, pois ela queria descansar e não conseguia por preocupação de nos deixar aqui. Mas a única pessoa que passaria essa “paz” pra ela poder ir, era eu. Fui na visita do hospital e conversei com ela, disse que ela poderia ir em paz que eu cuidaria das coisas por ela. Ela sedada, “acordou” e me respondeu com os olhos. Ali eu percebi que realmente era o que ela queria. No dia seguinte meu pai e minha irmã foram visitá-la, ela já estava com a sedação alta de novo, no outro dia sonhei com ela e acordei as 3:30 da manhã, com uma sensação de sufocamento e muita sede. As 6h da manhã o hospital ligou pra irmos lá pra conversar, eu já sabia que ela tinha partido e quando olhei no atestado de óbito, ela tinha falecido exatamente as 3:30 da manhã. E eu senti tudo o que ela sentiu ao partir, por isso acordei no mesmo horário. No dia do velório, eu escolhi as roupas dela e quando fui pra casa não encontrava nenhuma roupa que me agradasse, peguei um vestido e foi ele mesmo, ao chegar em casa após o funeral, percebi que a roupa que ela vestia + a roupa que eu vestia, era a mesma roupa de uma foto em que estávamos juntas, como uma forma de estarmos juntas uma última vez, como no evento em que estávamos com aquelas roupas.
2025-07-02 13:11:58