@llllostmymind: Não cheguei nem a cogitar melhorar como companhia, tampouco prefiro — por mais que minha natureza ressentida se incline ao mal, ao insípido e ao cínico — a bondade. (Ser bom não implica em ser uma boa companhia; é preciso ser firme para se manter bom.) A maldade e seus derivados provêm do meu âmago, do prometido — da promessa que nunca se cumpre — de uma compreensão mútua, e principalmente voltada ao eu: o desejo de que alguém olhe para o que me tornei e entenda. Que ria sinceramente, achando graça e molejo na forma como lido com os desarranjos da vida. Com a idade chegando, as coisas vão se tornando mais insípidas, mais ríspidas para o supérfluo e mais levianas para o profundo. A profundidade virou filosofia de boteco, e de um jeito mal falado: virou paisagismo, virou... como se diz mesmo? Apresentação? Não... virou performance. kkkkkkkkkkkk, aí, aí. Meus desamores me marcaram mais do que os amores em si. Sou um sujeito melancólico — nunca escondi isso. Deixo minha tristeza vazar pelas beiradas, não de modo a proclamar, mas a mofar: empedrecida, vaidosa, corrompida. Na infância, eu usava uma franja reta, daquelas que chamam de “boi lambeu” ou “cabelo de cuia”. A sensação mais gostosa de afeto que eu tinha — e a mais frequente — era quando alguém se propunha a me elogiar, bajular, instigar, etc. E eu, invariavelmente, satirizava de modo leve ou fingia uma leve vergonha... com um pouco de verdade. Vejo-me como uma pessoa em desenvolvimento — mais que isso, alguém que se desenvolveu. Mas... onde estão aqueles que estavam comigo no início, para completar minhas vitórias? Qualquer pódio que eu já tenha alcançado é apenas um lugar comum para os habitantes do mesmo. Não há o que comemorar. Creio que, mesmo que eu evolua mais e mais, haverá sempre o mesmo: o âmbito do possível, do comum. Nada de extraordinário. Tenho um humor que eu poderia vender; sou extremamente engraçado — e sei disso. É hilário como o tempo passa e algumas coisas não mudam. Às vezes penso nas garotas com quem me relacionei e em como seria deprimente ser virgem — e em como o primeiro sexo não foi tão bom quanto o último. A doença, o patológico, o verossímil — tudo é efeito da causa de uma criança que queria brincar e não suportava o tédio. A dor de lidar com minhas aflições é a mesma que me tira do vazio. A melancolia que sinto é a mesma que me permite escapar do tédio do cárcere robusto, empedrado, de concreto branco, pacato, chato, petrificado. É enojante. Não sinto necessidade de não parecer idiota para pessoas superficiais. Melhor ser bobo por querer do que sem querer. Mas... filosofia no Twitter é só mais uma bobeira adolescente — neste caso, de um ex-adolescente. Quer que eu **explique e interprete cada

pingo tux
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